hoje não sabemos mais se nos arrumamos pelo algoritmo ou por nós. precisamos de consultoras para nos dar a “listinha de essenciais” e nos prendemos a um “branding pessoal” escrito em caneta e slides. alguma coisa deu errado.
precisamos gritar para o mundo (em formas de memes) que o nosso estilo é mutável. que ontem amávamos bege e hoje queremos uma corzinha. estamos com tanto medo de sermos reféns do algoritmo, que precisamos conseguir nos definir em palavras que cabem em uma bio.
seu estilo vai mudar. e você também.
o nosso estilo nada mais é do que um reflexo do que nós somos e a mensagem que queremos transmitir. se isso não cabe em uma frase, tudo bem. às vezes eu sinto que preciso de páginas e, mesmo assim, ainda não cheguei lá.
fiz o exercício de olhar para trás, em uma época que meu instagram ainda era fechado, não existia tiktok e que a palavra “tendência” ainda era restrita apenas para os reports que eu tinha preguiça de ler. é claro, muita coisa mudou. em mim, no meu corpo, na minha rotina e no meu estilo. mas a essência continua ali. alguma coisa, que não consigo colocar em palavras, ainda mostra que aquela Rafa – que amarrava uma corda na cintura ao invés de usar cintos – sou eu. mesmo hoje eu não amarrando mais a tal corda na cintura ou ter perdido meu brinco retangular favorito.
o atemporal na moda é chato. o gostoso é você saber identificar quais peças vão permear por muito tempo no seu armário. é diferente.
ei, essa é a nossa newsletter para você, para sua rotina e para o mundo. cheia de desabafos, papos de autoconhecimento, dicas de rotina, produtinhos e pautas ambientais, claro. manda essa news para quem também pode gostar?
e ah, não esquece que além das palavras, nós somos uma curadoria de moda mais consciente. use o cupom vimdanews para ganhar 5% na sua primeira compra.
de estilo, de opinião, de jeitos. ainda bem.
a capacidade de aceitar que aquilo que você amava ontem não te cabe mais é libertadora. não é sobre ser contraditório, mas sim, sobre aceitar a evolução e mudanças naturais da vida.
a Lela Brandão falou mais sobre nesse episódio do podcast. (é em português)
Rob Walker, autor de The Art of Noticing, propõe retomar o hábito de olhar para o céu antes de olhar para as telas. eu sei, parece fácil, mas na nossa rotina e no modo automático de acordar e já pegar o celular, nos exige atenção. (é em inglês)
“muitos poetas sabem que a manhã tem uma qualidade criativa especial que não deve ser desperdiçada mergulhando direto em uma tela.”
por um tempo, “consumir conscientemente” significava usar canudo de metal, só comprar em brechó e usar shampoo sólido. até que entendemos que, até assim, dava para consumir inconscientemente. fazer algo consciente é questionar e entender sua intenção por trás daquilo. é muito mais sobre saber o porquê e o quê está comprando do que optar pela marca A ou B.
em um mundo que nos avalia pelo o que temos, precisamos nos atentar se estamos comprando pelo outro, pelo algoritmo ou por nós.
ep enviado pelo leitor mais fiel da news, obrigada Gugu :)
será que existe um meio do caminho, um ponto de equilíbrio entre o presencial e o home office? sabemos, o return to office veio com tudo e, para quem amava o conforto do home office, pode ter se sentido meio órfão de poder trabalhar de pijamas.
se não podemos continuar trabalhando do sofá que, pelo menos, a roupa seja confortável.
novo drop Kind of In, Kind of Out, amanhã!!!